quarta-feira, 9 de setembro de 2009 | By: Valeska Moraes

Soneto da Revolta

Quando resolvi que não sofreria mais por porra alguma
Acordei-me na cura do amor ferido
Nesse cacete de amar e não ser correspondido
Resolvi não chorar mais por porra nenhuma

E esse caralho de viver esperando acontecer
Deliberei essa porra de sonhar
E se um filha da puta me propor amar
Sem piedade, eu mando se fuder

Mando mesmo, porque cansei de chorar rios
E me passar de usurpador
Estilhacei o sapato rosa, quebrei o disco de vinil

Rasguei ao meio a molécula de dor
Já mandei tudo à puta que pariu
E que se foda a porra do amor.