segunda-feira, 4 de outubro de 2010 | By: Valeska Moraes

Insônia.


A metade de amor sempre ama
a sua metade.
a metade que rejeita a sua
respectiva.


Há sempre uma metade
que não entende.
Há sempre uma metade
que insiste.
Há sempre uma metade
que maltrata
a outra metade.
Que resiste.

Enquanto uma vive,
a outra sobrevive.
Enquanto uma sonha,
outra insonia.


Não admirável o não dormir de amar.
Metade estupida.
Sonho incompleto
que sempre acaba
quando eu sonhava
em não acordar.


Eis que sou uma metade.
Que não come,
não vive,
porque mais insiste.
Metade de amor
de tão incançavel...
que o sono miserável
desiste.

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