sábado, 5 de março de 2011 | By: Valeska Moraes

Ciúme

Destino, deveras, que não muda,
história de amor, que se repete
olhares a minha alta’juda:
Ciúme que ao descontrole se arremete,
não me provoque e não me acuda,
faz de conta que me conhece:

Sabes, tu, que sou paciente
desvairado mais, do manicômio
ciúme despertado, faz doente
quebrar matrimonio,
matar demônio,
beber vinho quente.

Bêbado delirante a sonhar:
se não abandono, é traição
Enciumado, não finge evitar:
que pensa omissão,
e guarda aversão.
Não quer se pronunciar.

Mas, deveras, eu obtive,
honras ao mérito de quem assume
“ Vivi mais que gato vive,
pelo menos, de costume,
Na oitava vida, que tive:
Faleci. ”
Morri de ciúme.

1 comentários:

Miguel Moliner disse...

Descobri seu blog hoje e se me arrependi foi de nao te-lo conhecido antes!

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